Segurança da Copa 2014 deve evitar erros de 2010
Empresas de segurança privada reafirmam importância do combate às clandestinas
O esquema de segurança na África do Sul começou a ser estudado seis anos antes da realização da Copa. Mesmo assim, problemas com a organização levaram vigilantes de empresas privadas, contratadas para trabalhar no evento, a fazer greve por descumprimento de acordo por parte das empresas. No Brasil, o Ministério dos Esportes já está cadastrando as empresas que querem participar da realização da Copa de 2014, entre elas as de segurança.
O presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado de São Paulo (Sesvesp), José Adir Loiola, no entanto, faz um alerta. “Este é um caso clássico das consequências de se contratar uma empresa de segurança inidônea, que não respeita as exigências da lei que rege o funcionamento das empresas, não arca com suas responsabilidades civis e criminais e expande ainda mais a insegurança”, argumenta Loiola.
Para a Copa da África, a segurança contou com o efetivo de 52 mil policiais. Além disso, as delegacias de polícia nas regiões de alta criminalidade ganharam reforços. Foram gastos US$ 1,8 bi com novos estádios e infraestrutura para o evento na África. No Brasil, só na segurança, o governo prometeu o investimento de R$ 1,6 bi para a Copa de 2014 e a disponibilização de um efetivo de até 78 mil policiais.
De acordo com o regulamento da FIFA, os estádios das cidades-sedes em que os jogos da Copa serão realizados, deverão possuir um esquema de segurança onde o setor público e privado estejam integrados. A organização exige que, em caso de seguranças privados, a proporção seja de 1/100.
A segurança privada regular, portanto, deverá reforçar o esquema da Copa. “Hoje, o Brasil não adota o modelo integrado de segurança, no qual as empresas privadas atuam em parceria com a pública, como ocorre em outros países. Acreditamos que a Copa seja a oportunidade para começarmos a aplicar este modelo que, certamente, potencializa a eficácia da estratégia de segurança, quando efetuado por uma empresa regular", explica Loiola.
No Brasil, há aproximadamente 1,5 milhão de vigilantes (entre homens e mulheres) em aproximadamente 2.500 empresas de segurança legalizadas. Em São Paulo, há aproximadamente 140 mil vigilantes em 450 empresas de segurança legalizadas para atuar no Estado de São Paulo, sendo que quase 200 são associadas ao Sesvesp.
A Lei 7.102/83 rege o funcionamento destas empresas no Brasil. Para poderem funcionar, todas precisam ter autorização do Ministério da Justiça, além do Certificado de Segurança, um documento emitido pela Polícia Federal e que constata que a empresa foi fiscalizada e está em condições técnicas de prestar serviços. Uma das principais preocupações do SESVESP é coibir a prestação de serviços por empresas informais no setor. Atualmente, tais empresas clandestinas somam um terço do total de companhias do segmento.
Sesvesp - Recebeu sua Carta Sindical no ano de 1988 e vem trabalhando desde então como entidade que congrega e representa a categoria econômica de segurança privada, segurança eletrônica e dos cursos de formação e aperfeiçoamento de vigilantes no Estado de São Paulo. O sindicato tem a preocupação constante de defender a categoria e oferecer uma prestação de serviços que possa minimizar os problemas de suas associadas. É o primeiro em lançar cursos para as empresas do segmento com linguagem específica.
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