Responsabilidade distorcida
O texto acima foi publicado em um fórum da disciplina de Sociologia do crime, do curso de Gestão de Segurança Pública da minha faculdade. Ele é um tanto provocador em sua análise, mas interessante para uma crítica construtiva.
Acredito que somos herdeiros de responsabilidades que não são nossas. A começar pela educação: a comunidade é convidada enfaticamente pelos "meios de comunicação" (ou não seria o governo...) a comparecer às escolas públicas para reformas no prédio, monitoria em atividades de recreação, etc.
A comunidade, os pais, precisam sim frequentar o ambiente escolar, mas não para assumir a responsabilidade do município, do Estado. Os pais devem acompanhar seus filhos e avaliar a qualidade do ensino. Quanto à segurança, onde está a hombridade do Estado em formar, conduzir e fortalecer a polícia. E aí entra mais uma vez a mídia (ou seria os "meios de manipulação"...) requerendo do trabalhador apoio para a garantia da segurança no seu bairro, na sua cidade, no seu país...
Portanto, Escola, Família e Comunidade têm sim suas responsabilidades intrínsecas de maneira que, onde termina a responsabilidade de uma, inicia a da outra (tudo tem um limite!) e, principalmente a responsabilidade do Estado neste contexto é total e abrangente na garantia da justiça e do bem-estar social. Ao invés de garantir um ensino de qualidade, uma segurança ativa, o Estado acaba por transferir estas responsabilidades DELE para a população (utilizando-se dos meios de comunicação para isto).
Sei que minha crítica é altamente marxista, todavia registro-a pois acredito que precisamos aprimorar nosso senso crítico sobre determinadas "verdades"...
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