Segurança: condomínios investem em tecnologia
Com o aumento da violência nas grandes cidades, cada vez mais condomínios residenciais investem em equipamentos e novas normas de segurança para proteger os moradores.
Mas outras medidas, como oferecer treinamento a porteiros para reconhecer e agir corretamente diante de situações de risco, também podem dificultar a ação de bandidos.
Câmeras espalhadas pelo prédio e vigia 24 horas circulando pela rua. É assim que um edifício no bairro do Itaigara tenta garantir segurança aos moradores. A busca por proteção vai além da tecnologia.
‘Limitar o acesso ao condomínio. A gente optou por não permitir o acesso de entregadores ao prédio de pessoas que não residam no prédio’, conta o sub-síndico Oto Cardim.
A preocupação com segurança foi fundamental na hora de Verônica comprar o apartamento. Além das 32 câmeras espalhadas por todo o prédio, o edifício mantém um sensor de presença no muro, sistema de radiocomunicação com outros prédios e até com a polícia, além de uma guarita que mantém o visitante isolado antes de ter a entrada liberada.
‘Durante a implantação do condomínio, nós contratamos um administrador experiente no assunto de segurança, que administrava também outros condomínios e que passaria para a gente todas as necessidades para que a gente conseguisse implantar aqui as normas e aparatos necessários para conseguir uma boa segurança’, conta Verônica Rodeiro, cirurgiã-dentista.
O diretor do Departamento de Crimes contra o Patrimônio, Mauro Moraes, não tem dados sobre o número de ocorrências relacionadas a assaltos a condomínios. Mas fala que os cuidados começam na hora de contratar uma empresa de segurança, que deve ser cadastrada na Polícia Federal. E dá outras dicas.
‘Porteiros para funcionários de segurança não é correto. Buscar orientar esses porteiros com relação à presença de pessoas desconhecidas, a qualquer anormalidade. Não esquecer que esses porteiros deverão ser orientados. Antes de dar o acesso, fazer o contato com o morador do edifício’, ensina Mauro Moraes.
Aí é que mora o perigo. Muitos porteiros não recebem treinamento específico. Aprendem na prática, com cada experiência vivida no dia-a-dia. É o caso de Fábio, que há nove anos trabalha em um condomínio no bairro de Stella Maris. Era sapateiro antes e nunca fez um curso para trabalhar numa portaria.
[Se aparece algum suspeito, como é que você age?] ‘A gente tem que acionar os alarmes. A viatura vem, faz uma inspeção. Quando eles vêem que não é nada, a gente assina uma O.S, aí eles vão embora. [Um curso] seria bem-vindo’, admite o porteiro.
A maior segurança está na cerca elétrica ligada o dia inteiro. Mas há quem prefira abrir mão de tudo isso e opte pelo velho e bom cão de guarda. ‘O sistema eletrônico pode dar uma pane. O cão não vai dar uma pane. O cão vai mostrar a eficácia dele’, acredita o vendedor Ébano Cerqueira.
Fonte: Ibahia.comArtigos relacionados:
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